sábado, 4 de abril de 2009

Em um mês, vereadores propõem 11 projetos para dar nomes a ruas

Três em cada dez projetos apresentados em março na Câmara Municipal referem-se à nomeação de ruas, homenagens e instituição de datas festivas. Só o vereador Adolfo Quintas (PSDB), por exemplo, propôs cinco modificações em vias e equipamentos públicos -55% do total oferecido por ele.

"Essa é uma questão cultural. As pessoas solicitam. Moro na periferia e recebo muitos pedidos de quem lutou pelo seu bairro e quer ter o nome em uma placa de rua. Eles merecem", diz Quintas. O tucano garante que os eleitores não reclamam. "Os projetos já vêm quase prontos, meu trabalho não é prejudicado."

Em março, a Câmara registrou 85 projetos (11 de nomes de rua, cinco de datas e oito com homenagens). Do total, 13 foram aprovados, sendo um para dar o título de cidadão paulistano a um apóstolo evangélico. O vereador Cláudio Fonseca (PPS) foi o líder de propostas, com 14 -uma para conceder medalha e diploma.

"Cada um marca seu mandato por iniciativas que considera relevante. Não acho que honrarias fazem parte. Insisto para que façamos projetos de conteúdo", afirma Fonseca.

Entre os vereadores, alguns só elaboraram projetos para oferecer homenagens ou criar datas, como o Dia da Padroeira Santa Ifigênia ou o Dia da Consciência Jovem. É o caso dos tucanos Dalton Silvano, Souza Santos, Claudinho de Souza e Mara Gabrilli e de Ushitaro Kamia (DEM).

Na lista também há propostas para garantir alguns serviços públicos. O vereador Netinho de Paula (PC do B) quer que a prefeitura ofereça educação infantil integral para crianças de zero a seis anos. Plano difícil de ser aprovado, já que a lista de espera, somente em creches (zero a três anos), passa de 67 mil.

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