quinta-feira, 30 de abril de 2009

SEPARATISMO BASCO:Entrevista especial

O Jornal INVERTA entrevista com exclusividade Walter Wendelin, delegado para América da Izquierda Independentista Vasca, em que ele faz um esclarecedor histórico sobre a luta do povo basco por sua independência. O militante basco procura romper o silêncio sobre sua organização política, que não pretende impor um modelo e uma independência acima da vontade do povo.

A luta do Povo Basco por sua independência

Entrevista exclusiva com Walter Wendelin, delegado para América da Izquierda Independentista Vasca, em que ele faz um esclarecedor histórico sobre a luta do povo basco por sua independência. O militante procura romper o silêncio sobre sua organização, que não pretende impor um modelo e uma independência acima da vontade do povo, pois nos momentos em que os caminhos se abrem para conseguir um marco democrático mínimo, a organização armada se retira incondicionalmente. Walter denuncia as prisões dos militantes da Batasuna e as torturas a que são submetidos sistematicamente pelo Reino espanhol, que não prescinde da tortura como ferramenta de dominação para frear o avanço, “pois a única coisa que podem fazer ao não entrar num processo negociador de criação de um marco democrático mínimo é aumentar o sofrimento de todos, sabendo que terão que nos eliminar completamente, como fizeram na Palestina, ou entraremos e conseguiremos com que a cidadania no território do País Basco possa decidir livremente e democraticamente”, afirma Walter.


IN - Walter, você poderia nos explicar o conflito que existe hoje envolvendo o País Basco?

W W - Primeiramente, vamos situar o que é o País Basco. Geograficamente está situado entre o que é o Reinado Espanhol e a República Francesa, ou seja, está ocupado entre ambos os Estados. Podemos dizer que Euskal Herria, que é o país dos que falam o idioma basco, está ocupado, perdeu sua independência, praticamente na mesma época que a América foi colonizada, com o Rei Fernando e Isabel. Desde então, é que lutamos. Com acordos, alguns melhores e outros piores, dependendo de quem estava no poder era possível conseguir mais ou menos direitos autonômicos, entre outros. Podemos dizer que a pior época para nós foi durante a ditadura de Franco, onde foi proibido, sob pena de prisão e morte, qualquer expressão da identidade basca, qualquer organização em nível organizativo e cultural. Na escola, se você falava o idioma basco, você recebia um anel que te identificava como alguém “castigável” até que pudesse passar esse anel para outra pessoa. Ou seja, o próprio idioma ficou proibido e ilegal durante os 40 anos de ditadura, o que evidentemente colocou toda a sociedade basca em uma situação muito difícil, sobretudo, porque ao mesmo tempo houve imigrações, inclusive imigrações forçadas do sul da Espanha, onde povoados inteiros foram levados em vagões de gado do sul da Espanha para a nossa terra, onde tinham que praticamente criar um povo próprio e trabalhar e refazer sua vida aí. Na parte francesa a história é um pouco diferente, menos violenta, mas o centralismo francês, assim como o centralismo espanhol, é um centralismo que afeta a essência do povo basco como tal, e só fala do povo francês. Não existe o povo, a nação basca. Ela é negada. Podemos dizer que depois da morte de Franco o que aconteceu é o que se chamou na história oficial de transição democrática espanhola, mas que para nós o termo traição democrática espanhola seria preferível. Porque a traição foi mudar o modelo de estado, readequando-o de tal forma que apenas mudando algumas coisas, tudo continuou igual. Então, nessa traição democrática espanhola devemos incluir o Partido Socialista Espanhol, atualmente no poder, ao Partido Comunista Espanhol, que não faz parte do governo e tem cada vez menos relevância na política espanhola; já que eles, como socialistas e comunistas, aceitaram uma constituição, e um sistema monárquico que nega rotundamente a existência da nação basca e também coloca o exército como garante para a unidade constitucional da Espanha. Ou seja, se existir algum perigo de separatismo, como eles chamam, se um povo, uma nação, os galegos, os catalãos ou os bascos, decidirem se autodeterminar e serem independente, o exército espanhol tem a obrigação constitucional de intervir e evidentemente de bombardear se for necessário. Nessa situação, principalmente na época franquista, na década de 50, os jovens começaram a perceber que a essência basca estava sendo perdida, sua cultura, seu idioma, e começaram a se organizar clandestinamente. Os trabalhadores começaram a se organizar, o mesmo aconteceu no âmbito cultural, escolas clandestinas foram montadas para ensinar às crianças o idioma basco, para que isso não se perdesse. O que naquele momento era considerado como o Partido Nacionalista Vasco, existente até hoje, era um partido de direita, mas que de alguma maneira não oferecia desde o exílio uma opção de luta real para recuperar a independência, a liberdade, e garantir a existência do povo basco como tal. Nos anos 50, houve organizações clandestinas aqui e acolá, e é quando surge a organização Euskadi Ta Askatasuna, conhecida como ETA, hoje considerada como organização terrorista, como organização, movimento social que tentava coordenar e organizar todos esses movimentos clandestinos culturais, sindicais, políticos, entre outros, viram que era necessário defender esse movimento através das armas, porque aí estava a Guarda Civil espanhola atuando em busca dos núcleos clandestinos de aprendizagem do idioma basco. Então, para se defender, isso foi necessário. O ETA, através do tempo, foi se concentrando em sua tarefa de luta armada e juntamente com outras organizações, como o Partido Herri Batasuna, foi construindo o que é o povo e a sociedade basca. No início, a atividade da polícia espanhola era quase exclusivamente contra a organização armada, utilizando nos anos 80, nos anos do governo de Felipe Gonzales, a partir de 1982 até 1994, o que chamamos de guerra suja. Como não puderam nos eliminar através da repressão policial e militar, utilizaram mercenários e finalmente, em 1994, perderam as eleições presidenciais na Espanha, a favor do Aznar, porque o Partido Popular da Espanha, de extrema direita, fez uma campanha terrível contra o Partido “chamado” de socialista e operário espanhol, precisamente chamando-o de não democrático por ter utilizado fundos reservados, afundando o mesmo e chegando à presidência. Depois que o povo basco disse claramente Não à constituição espanhola, em 1978, e obrigado a aceitá-la, o que foi feito foi propor em uma parte do país basco ocupado pela Espanha no sul, o Estatuto de Guernica, que é um estatuto no qual se propõe as competências (na área de saúde, educação, etc.) que o governo de Madrid confere à comunidade autônoma basca (3 províncias).


IN - E, infelizmente, esse referendo foi aprovado pelo Partido Nacionalista Vasco.

WW - Sim, e este partido de direita, que se chama de independentista, mas vai se desmascarando como autonomista e como partido de direita. Dessa forma, estabelecem acordos com o PNV de que este mantivesse reprimido e limitado o avanço da esquerda independentista basca em troca de ir, pouco a pouco, recebendo essas competências econômicas, através das quais foram se fortalecendo economicamente e politicamente, ao gestar vários negócios em virtude de seus próprios bolsos, para se manterem no poder. Quando ganha Aznar, o Partido Socialista Obreiro Espanhol, comete o erro de retirar do PNV certas competências que haviam sido cedidas por Felipe Gonzáles. E o PNV reage e ameaça se aliar com a esquerda, e é nesse momento que aproveitamos para propor uma Frente Nacionalista Basca interclassista e toda uma série de movimentos sociais que apóiam esta Frente podem negociar com a Espanha. Existem pontos mínimos, acordos mínimos entre todos. Com isso o governo do Aznar, em 1994, começou a pressionar o PNV e a ilegalizar o partido político, movimentos, organizações de jovens, criando uma filosofia pseudo-judicial através do juiz Baltazar Garzón que dizia que como a organização armada tinha como objetivo socialismo e independência, qualquer outra organização que tivesse em seu ideário político e filosófico os objetivos de independência e socialismo, é automaticamente terrorista ou colaboradora. Em 1998, é quando conseguimos firmar o acordo de Lizarra, no qual a organização armada se retirava e oferecia uma trégua e dizia que através dessa Frente Nacionalista é que nós iríamos cumprir nossa tarefa através da sociedade civil, política, sindical e seguir na luta já que existiam caminhos muito pequenos para se chegar a um entendimento sobre a autodeterminação. Naquele momento a luta armada não tinha razão de existir, porque o caminho estava aberto, o que não acontecia antes. Nas eleições que sucederam, depois de 3 meses da assinatura do acordo, a esquerda independentista basca passou a ser praticamente a segunda força eleitoral. Isso causou pânico ao Partido Nacionalista Vasco e este começou a dizer que se isso acontecesse não teriam como capitalizar o processo de paz, a trégua, já que quem a capitalizava era a esquerda independentista basca, e que iam perder sua hegemonia e, portanto, começaram a não cumprir com os acordos mínimos, a voltar a negociar com Madrid para ver se podiam voltar a chegar a um certo acordo sobre as competências, o que fez com que a organização armada os alertasse sobre o descumprimento do acordo durante praticamente um ano e meio e, finalmente, a organização armada teve que tomar a decisão de que ao não serem cumpridos os acordos por parte do Partido Nacionalista Vasco, o acordo havia sido rompido e a organização armada livre também de seu acordo unilateral e incondicional de trégua sem contrapartida, simplesmente por essa opção que havia tomado, e voltou à luta armada. Tem que acrescentar que depois disso, o golpe para a esquerda independentista foi muito forte, havia questões que não foram bem trabalhadas, como a questão internacional e algumas questões do trabalho de base no sentido que grande parte da mesma sentia que a resolução do conflito estava no caminho e que a pressão nas ruas poderia terminar. O golpe foi muito forte, nossa força política decaiu, o Partido Nacionalista Vasco capitalizou a atuação.


IN - Qual era a principal estratégia nos anos 90?

WW - Se voltarmos a 1994, até este momento, a estratégia principal era a de resistência, de levar o povo às ruas para pressionar em direção ao clássico, que era a negociação entre a organização armada como vanguarda revolucionária inequívoca com os poderes correspondentes (exército, polícia, executivo). Nesse momento havia caído a URSS, havia sido iniciados processos de pacificação na América Central, do Sul, os sandinistas haviam perdido as eleições, o neoliberalismo havia se instaurado e, sobretudo, entrava em jogo na sociedade basca uma geração que não havia vivido a época do franquismo, uma geração nova, jovem, que não entendia muito bem os motivos pelos quais deveriam sair às ruas para se enfrentar com a polícia, arriscar seu futuro, para conseguir uma negociação. Temos que considerar e situar o Euskal Herria na Europa, entre os países desenvolvidos, enriquecidos com base no roubo, com um nível de consumo muito alto e uma facilidade de ter uma vida cômoda e acessível. Então essa geração não sabia muito bem como e para que tinha que lutar. Em vista de tudo isso, nós pensamos em uma mudança de estratégia, através de um debate interno que durou 3 anos, chegamos à conclusão que a estratégia da resistência para pressionar ao executivo, para entrar em uma negociação com a organização armada revolucionária inequívoca, teria que passar a outra estratégia ou ser ao menos acrescentada por outra estratégia que é a que nós chamamos de construção nacional e social que é que dizia que o povo basco era quem deveria tomar as rédeas no processo de negociação, já não uma organização de vanguarda. Portanto, tínhamos que começar naquele momento a construção social da nova sociedade, o que implicava demonstrar praticamente e não teoricamente, o que nós íamos fazer e para que era necessária a resolução do conflito e o que nos ocorreria se não conseguíssemos a independência, que claramente era a destruição de tudo o que havíamos construído por parte do executivo espanhol. Com esta construção nacional e social, essa nova geração começou a trabalhar e viram porque necessitávamos dessa negociação e dessa independência. Com isso conseguimos uma grande força à qual acrescentamos o que era a questão territorial de todos os organismos sociais e sindicais que antes estavam divididos entre a parte ocupada pela França e a parte ocupada pela Espanha. Houve uma fusão dos organismos juvenis, de mulheres, ecológicos, políticos, etc., do norte e do sul. Começou a trabalhar no sentido de que fossem uma só, apesar de que não se pode negar que na parte norte seu desenvolvimento foi muito maior. Houve mais repressão e violenta. No norte, a estratégia do governo francês era de assimilação suave. Eliminação através da assimilação suave, sem repressão, mas de eliminação do que é o povo basco. Essa mudança de estratégia e com a territorialidade de todas as frentes de luta foi dando frutos. O acordo de Lizarra terminou e começou-se a trabalhar com o Partido Socialista Obreiro Espanhol para ver como era possível da oposição trabalhar um processo negociador, através do partido, dos movimentos sociais, dos sindicatos. E, realmente, pode-se, depois da violenta posse de Zapatero, graças ao ataque realizado por o que eles chamam de terrorismo islâmico, iniciar este último processo, de 2004-2005-2006, que também teve sua história e terminou truncado. Nesse processo houve uma trégua declarada devido à disposição deste governo de iniciar as conversas. Ou seja, realizou uma espécie de declaração muito deslavada, e realmente se conseguiu começar a negociar. Inicialmente, através de uma proposta de método de resolução do conflito, foi feita a proposta que desde a ilegalidade, se apresentou em um auditório para 20 mil pessoas, uma proposta de negociação em duas vias paralelas.


IN - O que você poderia resgatar como consequência dessa mudança na estratégia?

WW - Uma consequência desta mudança de estratégia é a consequência da mudança de concepção do que é a organização armada e tudo o que é o poder político, sindical e movimento social. Foi proposta uma negociação do governo espanhol em duas mesas, uma é a mesa militar, na qual estaria de um lado a organização armada e de outro os poderes fáticos do governo espanhol, que trataria exclusivamente da questão armada, do desarme tanto policial, militar do país basco (que na Europa é o país onde existe uma maior concentração policial) como da organização armada, das vítimas e dos presos políticos. E a negociação política seria realizada exclusivamente em uma mesa de partidos políticos, mas de partidos bascos, nos quais se inclui evidentemente o Partido Socialista Espanhol afincado em Euskal Herria. O Partido Popular também participaria, já que tem sua representação lá, o Partido Comunista Espanhol também e logo também o Partido Nacionalista Vasco (social-democrata basco) e o Batasuna (ilegalizado). Essa seria a mesa de partidos, juntamente com outros menores com menos representatividade real, mas que poderiam participar aí. Isso é determinar na prática o principio da territorialidade e o da autodeterminação, já que para nós todos os cidadãos que estão no território da Euskal Herria têm que se autodeterminar. Isso não inclui militares, policiais, delegados diretos do governo, mas sim aos partidos e organizações espanholas que estão lá. Então, realmente nunca se conseguiu conformar a mesa de partidos, estiveram negociando na outra mesa até chegar a um ponto no qual faltava a concretização de alguns pontos para entrar já na fase de desarme da organização armada, que estava disposta. Um dos pontos, evidentemente, era a conformação da outra mesa, sempre houve um direcionamento de Madrid para não conformá-la. Isso não quer dizer que não houve diálogo ou conversas prévias principalmente entre o Partido Socialista Espanhol Euskadi, o Partido Nacionalista Vasco e o Batasuna, que de alguma maneira tentaram conformar essa mesa de negociação. Hoje estamos em uma situação absurda de que acabamos de ver a realização de um julgamento no qual foram acusados o presidente da comunidade autônoma basca do PNV, máximos dirigentes do Partido Socialista e integrantes da mesa negociadora do Batasuna por terem falado com colaboradores do terrorismo. Finalmente, foi suspenso por razões técnicas. Mas a questão de fundo é que chegam a tal ponto de julgar seus próprios dirigentes por terem falado com um partido ilegalizado e os acusem de serem colaboradores do terrorismo. Ou seja, violam os princípios básicos de qualquer democracia e instrumentalizam a justiça de tal forma que chega a situações tão absurdas como essas, o que desmascara completamente essa democracia espanhola e enfatiza a nossa decisão de não ir à clandestinidade e de seguir lutando publicamente porque temos este direito. Isto tem um custo altíssimo que são os 765 presos políticos que temos, e mais 200 pessoas esperando por um julgamento, simplesmente por fazerem política ou por trabalharem nos movimentos sociais, que dizem que são praticantes do terrorismo desarmado. Esse é o custo que temos. Nos anos 70 e 80 praticamente cem por cento dos presos políticos eram membros da organização armada, hoje podemos dizer que essa cifra chega a 60 por cento, o restante são pessoas que se dedicaram à política, aos meios de comunicação, aos movimentos de mulheres, ecológicos, contra a pobreza, movimentos sociais, entre outros e também de todos os tipos de partidos políticos. Desde 2003, quando o Batasuna foi ilegalizado definitivamente, criamos organismos partidários para poder realizar um trabalho institucional. Nos anos 80 nós participávamos das instituições espanholas apenas para questões muito concretas que poderiam nos levar adiante no objetivo de conseguir o direito de autodeterminação, naquele momento nos diziam que tínhamos que aceitar trabalhar institucionalmente em toda amplitude, que isso era democrático e, claro, nos chamavam de não democráticos porque trabalhávamos muito pontualmente. No momento de conseguirmos aproveitar esses resquícios grasmicianos da democracia burguesa, para nos dar poder, eles mudam todo o discurso e nos excluem de qualquer trabalho político, o que desmascara o engano prévio e sua democracia. Estamos, então, nessa situação. Quando falamos dos presos políticos temos que destacar que a parte dos presos existem detenções, de 3 a 4 pessoas por semana, algumas imediatamente soltas, mas a maioria passa por um período de falta de comunicação de 5 dias, no qual a tortura é sistemática! E aqui podemos mencionar o que disse um general francês a respeito da Argélia, é que quando se quer ocupar um povo que não quer ser dominado, não se pode ser hipócrita já que a ferramenta da tortura é imprescindível. Sem a tortura não é possível controlar, ocupar e colonizar um povo. Nessa situação estamos no Reino Espanhol, que utiliza essa ferramenta para frear o avanço e a única coisa que podem fazer ao não entrar num processo negociador de criação de um marco democrático mínimo é aumentar o sofrimento de todos, sabendo que terão que nos eliminar completamente, como fizeram na Palestina, ou entraremos e conseguiremos com que a cidadania no território do País Basco possa decidir livremente e democraticamente.


IN - Como podemos a partir da América Latina apoiar concretamente a luta do povo basco?

WW - Com ternura! Com solidariedade, que é a ternura dos povos. Bom, primeiro rompendo o bloqueio informativo e sua manipulação. Mostrar que nós, os bascos, não somos os violentos da Europa, os terroristas, mas que na realidade, se verificamos as estatísticas da polícia de Madrid, nosso país e Canárias somos os mais pacíficos. A sociedade em Madrid e outras grandes cidades são muito mais violentas. Romper com isso, com mentira de que uma organização armada quer impor um modelo e uma independência acima da vontade do povo. A organização armada tem demonstrado passivamente e ativamente que nos momentos em que os caminhos se abrem para conseguir um marco democrático mínimo, ela se retira incondicionalmente, e enquanto o caminho estiver nas mãos da sociedade civil se mantém assim. Evidentemente quando esse caminho se fecha, já não existem ferramentas práticas, não há condições democráticas mínimas, a organização reconhece que não existe possibilidade da sociedade civil assumir essa tarefa e aí atua. Além da questão da informação, está a solidariedade e a pressão internacional para que o governo espanhol efetivamente busque a resolução do conflito, negocie e cumpra com os acordos estabelecidos, o que nunca foi feito na história. A comunidade internacional pode ter um papel muito relevante neste sentido.


Tânia Castro

Jardim contra investigação à actividade separatista

Alberto João Jardim discorda da investigação que está a ser conduzida pela Policia Judiciária sobre a colocação de bandeiras da denominada Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA) na madrugada de 25 de Abril em várias zonas da Madeira. Com esta acção, “para já de forma pacífica”, este movimento separatista anuncia que “reiniciará a sua luta”.

“Acho um atentado às liberdades, direitos e garantias andar a perseguir seja quem for por ideias políticas”, declarou o presidente do governo regional da Madeira. “Nós estamos num país livre e as pessoas são livres de se manifestarem”, acrescentou.

Declarando ter “achado piada” na acção atribuída à FLAMA, assim como no simulacro da sua “rendição” encenada pelo PND na mesma manhã, junto da Quinta Vígia, residência oficial do chefe do executivo regional, Jardim acha que “só o dono dos imóveis [onde foram colocadas as bandeiras da Flama] é que tem o direito de pedir a investigação”. No caso do Palácio de São Lourenço, sede do comando militar e residência oficial do representante da República, o governante insular considera que o monumento nacional é propriedade da Região Autónoma que “não autorizou ninguém a colocar uma bandeira ali”, não adiantando se, na qualidade que invoca, solicitou a intervenção policial.

É a segunda vez que a bandeira da Flama é hasteada no Palácio de São Lourenço, cuja posse tem sido reivindicada pelo governo regional e pelo PSD que várias vezes exigiu a sua “desocupação” pelo representante da República. Na madrugada de 20 de Julho de 1975, em vésperas de um grande manifestação do PPD que abriu uma cruzada contra o “colonialismo de Lisboa”, o Funchal também amanheceu ornamentado com bandeiras do movimento a que foi atribuída a autoria de mais de 70 atentados bombistas justificados com o objectivo de “travar o gonçalvismo e esquerda do rectângulo” continental. Os bombistas, disse-o Jardim no parlamento madeirense, “não são dignos de castigo, mas de recompensa”, uma vez que são “defensores da pátria e da democracia”.

Em Fevereiro do ano passado, quando o Presidente da República visitou oficialmente a Madeira, os sociais-democratas exigiram que a bandeira da região, concebida por Jardim inspirado no pavilhão separatista, fosse hasteada na representação da República e, no parlamento regional, apresentaram nova iniciativa para desencadear um processo judicial junto do Ministério Público pelo facto dos órgãos da República na Região, sob a acusação de “desobediência qualificada”, não hastearem a bandeira regional nos seus edifícios.

Desta vez, o autor da carta enviada a um fotógrafo (convidado a filmar o hastear da bandeira no palácio, na madrugada de domingo) declara que não quer “pertencer a um país governado por um corrupto que deveria estar preso”. Com este mesmo adjectivo dirigentes do PSD madeirense classificaram o primeiro-ministro José Sócrates que Jardim, acusado pelo PS local de ter responsabilidade na FLAMA, classificou como o "maior inimigo da Madeira desde o 25 de Abril".

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377043

PND pede “rendição” de Jardim

O Partido da Nova Democracia pediu hoje a “rendição” de Alberto João Jardim. Numa acção política comemorativa da revolução, dirigentes e simpatizantes deste partido “ocuparam”, logo pela manhã, a entrada Quinta Vigia, residência oficial do presidente do governo regional, com um chaimite e três jipes militares, exigindo que o governante se “rendesse” e “festeje o 25 de Abril”.

Acompanhados com músicas de intervenção e cravos vermelhos, os militantes do PND exibiram faixas a pedir liberdade, democracia e justiça na Madeira. E protestaram contra a “tirania do insulto” que dizem dominar a região.

Após intervenção de agentes da PSP, os manifestantes foram convidados a abandonar o local e as viaturas foram encaminhadas para uma estrada próxima onde os aguardava uma operação “stop” que identificou os condutores e procedeu à verificação dos documentos dos veículos.

Os funchalenses foram também hoje surpreendidos com bandeiras da Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA), colocada por indivíduos encapuzados no Palácio de São Lourenço, sede do comando militar e do representante da Republica na região. Outras bandeiras do movimento separatista - ao qual foi atribuída a autoria de dezenas de atentados bombistas executados no período pós-revolução e antes de Jardim ascender ao poder - foram hoje também colocadas noutros pontos da capital madeirense, no Porto Santo e na Universidade Católica em Lisboa.

Num comunicado, os clandestinos autores declaram: “Não queremos pertencer a um país governado por um corrupto que deveria estar preso”. Com a advertência de que com esta acção, “para já de forma pacífica”, a FLAMA “reiniciará s sua luta”.

O líder regional do PND, Baltazar Aguiar, garantiu ao PÚBLICO que o seu partido nada tem a ver com esta iniciativa, coincidente com a acção junto da Quinta Vígia. Na Madeira o 25 de Abril não é oficialmente celebrado, por decisão da maioria PSD que, por ouro lado, assinala o 25 de Novembro com sessão solene no parlamento regional.

Acesse o link abaixo e veja na página do Jornal Público de portugal um vídeo com uma reportagem.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376633

PND pede “rendição” de Jardim

O Partido da Nova Democracia pediu hoje a “rendição” de Alberto João Jardim. Numa acção política comemorativa da revolução, dirigentes e simpatizantes deste partido “ocuparam”, logo pela manhã, a entrada Quinta Vigia, residência oficial do presidente do governo regional, com um chaimite e três jipes militares, exigindo que o governante se “rendesse” e “festeje o 25 de Abril”.

Acompanhados com músicas de intervenção e cravos vermelhos, os militantes do PND exibiram faixas a pedir liberdade, democracia e justiça na Madeira. E protestaram contra a “tirania do insulto” que dizem dominar a região.

Após intervenção de agentes da PSP, os manifestantes foram convidados a abandonar o local e as viaturas foram encaminhadas para uma estrada próxima onde os aguardava uma operação “stop” que identificou os condutores e procedeu à verificação dos documentos dos veículos.

Os funchalenses foram também hoje surpreendidos com bandeiras da Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA), colocada por indivíduos encapuzados no Palácio de São Lourenço, sede do comando militar e do representante da Republica na região. Outras bandeiras do movimento separatista - ao qual foi atribuída a autoria de dezenas de atentados bombistas executados no período pós-revolução e antes de Jardim ascender ao poder - foram hoje também colocadas noutros pontos da capital madeirense, no Porto Santo e na Universidade Católica em Lisboa.

Num comunicado, os clandestinos autores declaram: “Não queremos pertencer a um país governado por um corrupto que deveria estar preso”. Com a advertência de que com esta acção, “para já de forma pacífica”, a FLAMA “reiniciará s sua luta”.

O líder regional do PND, Baltazar Aguiar, garantiu ao PÚBLICO que o seu partido nada tem a ver com esta iniciativa, coincidente com a acção junto da Quinta Vígia. Na Madeira o 25 de Abril não é oficialmente celebrado, por decisão da maioria PSD que, por ouro lado, assinala o 25 de Novembro com sessão solene no parlamento regional.

PND simula "tomada da Presidência do Governo da Madeira"

PND manifesta-se frente à residência oficial de Alberto João Jardim com G3 falsas.

PND equipa-se com G3 falsas, de madeira, camuflados, viaturas militares e cravos e monta arraial frente à Quinta Vigia.

A “Operação Liberdade” iniciou-se às 6 da manhã. Às 7H30 uma chaimite vinda directamente de Lisboa, jipes de guerra, atrelados, posicionaram-se frente à Quinta Vigia, residência oficial de Alberto João Jardim.

Elementos do PND de camuflado, G3 de madeira e cravos vermelhos foram os actores da performance. A PSP surgiu no local mas “entendeu o espírito de Abril”, disse ao DN, Baltazar Aguiar.

O PND ameaçou e fez. Num acto de simbólico foram lidos e distribuídos manifestos do “movimento militar” e entoadas canções de protesto dos baladeiros de há 35 anos. Adaptaram-se comunicados do MFA, como o primeiro em que os militares de Abril pediam à população para manter a calma.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1212283&seccao=Madeira

Omissão na lei permite regresso da FLAMA

O Funchal acordou ontem, dia 25 de Abril, com várias bandeiras da Frente de Libertação da Madeira espalhadas. A acção, levada a cabo por homens encapuzados, foi feita de madrugada e chegou a Lisboa, onde também terão sido colocadas bandeiras da FLAMA junto à Cidade Universitária. A acção só é possível graças a uma omissão na Constituição da República.

O Funchal acordou ontem com bandeiras da FLAMA (Frente de Libertação da Madeira) espalhadas de madrugada por homens encapuzados. Para além de alguns pontos estratégicos da cidade, vias rápidas, houve a tentativa de hastear o símbolo no Palácio de São Lourenço (comando militar e residência oficial do Representante da República), o que levanta graves problemas de segurança.

Embora todos saibam o significado desta bandeira - há petardos no currículo da FLAMA entre 1975 a 1977, também autora de actos bombistas na região -, a verdade é que a Constituição da República não faz qualquer alusão aos movimentos separatistas. Para o constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia, a interpretação destes factos precisa de algum estudo, disse ao DN. Se por um lado, "há liberdade de opinião, pode-se discutir o separatismo, desde que não haja recurso à violência", por outro, "temos o princípio constitucional da unidade nacional". É esta omissão acaba por legitimar a iniciativa.

"De acordo com o artigo 46.º, as únicas associações não consentidas são associações armadas ou de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, bem como organizações racistas ou que perfilhem ideologia fascista. Aí não há dúvidas", reiterou. A única coisa que poderá ser criminalizada é o conteúdo do comunicado que faz referências explícitas ao primeiro-ministro e que pode ser considerado difamatório. Um texto que chegou às mãos dos jornalistas.

As bandeiras foram espalhadas não só no Funchal como nos concelhos de Santa Cruz, Porto Santo e até em Lisboa, sabe o DN, junto à Cidade Universitária, concluindo-se que esta foi uma iniciativa organizada. A Câmara Municipal do Funchal mandou retirar todas as bandeiras da FLAMA. Recorde-se que os movimentos independentistas da Madeira, FLAMA, tal como o seu homólogo açoreano, FLA, surgem em força durante o chamado Processo Revolucionário Em Curso (PREC) de Vasco Gonçalves, tendo-lhes sido atribuída a autoria de vários atentados bombistas. Ontem houve uma tentativa de reavivar esse passado. Junto à Rotunda do Infante, mesmo abaixo da Quinta Vigia, presidência do governo, local escolhido para o PND comemorar Abril com uma encenação da rendição de Alberto João Jardim, um prédio em construção ostentava duas enormes bandeiras do movimento separatista. De início pouca gente ligou ao desfraldar das bandeiras. Mas a informação foi chegando aos poucos. E uma coisa é certa. Por trás desta performance houve uma organização. Na passada terça-feira, foi enviado um comunicado a pessoas com alegadas ligações à FLAMA dando conta da "operação".

"Por não queremos pertencer a um país que é governado por um corrupto que deveria estar preso, a FLAMA, para já de forma pacífica, reiniciará a sua luta na próxima madrugada do dia 25 de Abril. Esta primeira operação que ocorrerá às 05.00 abrangerá alguns concelhos da região" solicitando o maior sigilo, não só por questões de segurança, mas para manter o efeito surpresa. Houve dois locais de encontro. Rotunda do Infante e Avenida do Mar, junto ao Palácio de São Lourenço. Mas não é de agora que a FLAMA é arma de arremesso, usada como ameaça. A 30 de Setembro de 2006, discutia-se o projecto de resolução do PSD/M sobre as alegadas inconstitucionalidades da proposta de Lei de Finanças das Regiões Autónomas quando Coito Pita, na altura vice-presidente da bancada social-democrata, acordou o hemiciclo com a ameaça de que a FLAMA (Frente de Libertação da Madeira), criada no pós-25 de Abril, pode ser reactivada.

A FLAMA foi um movimento que trabalhou na clandestinidade com panfletos anónimos, defendendo a independência do arquipélago, com recurso às ameaças pessoais, aos processos de intimidação e colocação de bombas e petardos em viaturas e locais públicos, criando um clima de instabilidade e terror que só desapareceu em 1978 com a chegada de Alberto João Jardim ao poder. A partir dessa altura, a FLAMA baixou os braços. Em 2006, 30 anos após a conquista da autonomia, um deputado do PSD, com responsabilidades de direcção, exortou "à reacção popular contra as atitudes" do Governo da República. "O que o PS está a fazer (à região) é ressuscitar a actuação da FLAMA dos anos de 74, 75 e 76. Depois não se queixem do que pode ocorrer. Quando digo que Sócrates está a ressuscitar a FLAMA é porque tenho informações. Estejam atentos à actuação do SIS na Madeira", disse.

Apesar da surpresa do discurso, o PS negligenciou o agitar do fantasma do passado, o PCP ironizou com o assunto, o CDS/PP manteve-se calado. Só Violante Saramago, então deputado do Bloco de Esquerda, achou "inadmissível" a intervenção de Coito Pita, apelando para que toda a oposição se juntasse num combate contra a FLAMA, "organização terrorista e separatista, em defesa da liberdade e da democracia", referiu.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1212641

Madeira acordou com bandeiras do movimento separatista

Nas vias rápidas, no centro do Funchal e no quartel general do comando foram colocadas bandeiras do movimento separatista FLAMA.

Um comunicado enviado clandestinamente a algumas pessoas diz simplesmente: “Não queremos pertencer a um país governado por um corrupto que deveria estar preso”.

Foram vistos homens encapuzados e colocar bandeiras da Frente de Libertação da Madeira (FLAMA), um movimento que nasceu em 1975 e que estava adormecido.

São bandeiras de cinco metros, bem desenhadas e de excelente material, o que significa que há uma organização montada.

Entretanto, junto à Universidade Católica em Lisboa encontra-se também uma bandeira do mesmo movimento.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1212276

Manifestantes protestam na sede do CCZ

Grupos querem liberação de adoção de animais de grande porte e demissão do diretor da entidade

Cerca de 30 entidades protetoras do animais realizaram ontem uma manifestação em frente ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Prefeitura, na zona norte, que abriga 350 animais (cães e gatos). Os 500 manifestantes protestavam contra medidas tomadas pela direção do CCZ, como a proibição de adotar animais de grande porte e a saída de animais para eventos de doação. Uma comissão foi recebida pelo centro, mas nada foi resolvido. No próximo dia 8, os manifestantes e diretores do CCZ participarão de uma nova reunião para tentar se chegar a um consenso.

A briga começou, segundo as entidades, em novembro de 2008. “Depois da aprovação da lei estadual que proíbe a eutanásia, o CCZ virou uma prisão perpétua. Procuramos o órgão para evitar que eles (animais) fiquem lá, minimizar o sofrimento deles e elevar o número de adoções. Mas, em novembro, o diretor Marco Antonio Vigilato proibiu que os projetos fossem realizados”, disse a ativista da ONG Projeto Esperança Animal (PEA), Lilian Rockenbach.

Os manifestantes pedem, entre outras coisas, a saída do diretor do CCZ; a permissão para que simpatizantes paguem o banho dos bichos e o aumento do número de castrações realizadas no órgão. Eles dizem ainda que dos 476 animais que chegaram ao CCZ, 406 foram mortos.

“Na verdade falta vontade do poder público porque já pedimos várias vezes que essas ações sejam implantadas no CCZ. O Vigilato diz que vai fazer, mas não dá uma data”, afirmou o deputado Feliciano Filho (PV), que participou da manifestação. “As entidades estão dispostas a ajudar, mas eles (CCZ) não querem.”

O protesto bloqueou por duas horas a Rua Santa Eulália, onde fica o CCZ. Os manifestantes empunhavam faixas. Alguns usavam máscaras de animais. Outros acenderam velas. Depois de uma hora e meia de manifestação, dois parlamentares e sete integrantes de ONGs foram recebidos. Na saída da reunião, as pessoas recebidas se mostraram decepcionadas. “Dar uma data para implantar as ações ninguém dá”, disse o vereador Roberto Tripoli (PV).

Outro lado

O Jornal da Tarde não conseguiu falar com o diretor do CCZ. A coordenadora programa de Proteção e Bem-Estar de Cães e Gatos de São Paulo, Rita de Cássia, disse que comissão não deixou o diretor da unidade falar. Afirmou que boa parte das propostas apresentadas foram aceitas e serão estudadas, mas ainda não há datas para entrarem em vigor. Entre elas, abertura de mais pontos de feira de adoções, com a participação das ONGs e a realização de um cadastro para pessoas que queiram castrar mais de cinco animais.

Em relação à eutanásia dos cães, Rita disse que só são mortos os que não têm chance de sobrevivência. Em março, 263 cães, vítimas de atropelamento, entre outros, foram sacrificados.

Sobre as ações com datas previstas está a ampliação da largura da jaula dos animais de grande porte de 80 cm para 1,60 m, o que deve ficar pronto em 15 dias e a licitação para contratação de uma obra para construção de um centro de adoções no CCZ, o que deve ocorrer até o fim do ano.

Reportagem de : Marcela Spinosa, marcela.spinosa@grupoestado.com.br

Para o Jornal da Tarde.

Boa ação

O Novo Amanhecer oferece atividades pedagógicas e recreativas para famílias carentes. A casa que fica na Avenida José Higino Neves de Souza, 1.624, na Cidade Tiradentes, zona leste da capital, aceita doações de alimentos, roupas, material de limpeza e de higiene pessoal. Mais informações: 11-2555-3365

Campinas possui a melhor rede pública de SP

A rede pública de Campinas (93 km de SP) teve o melhor resultado no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na comparação entre as 36 maiores cidades do Estado. Com média 52,18, a terceira maior cidade paulista ficou no topo do ranking, deixando para trás a capital (17º lugar) e Guarulhos (30º). Ainda assim, a média representa pouco mais da metade de acertos –a nota vai de zero a cem.

Das 36 cidades com mais de 200 mil habitantes, 17 estão abaixo da média estadual, de 48,47. Entre as dez melhores, só três são da Grande SP: São Bernardo do Campo, Santo André e Mogi das Cruzes.

Na comparação com outras unidades federais, São Paulo tem a quinta melhor rede pública do país. Na rede privada, com média 61,13, o Estado ficou na sexta colocação. Além de escolas estaduais (3.481), o levantamento leva em conta colégios municipais (71) e federais (3), que representam só 2% do total do Estado.

Foram contabilizados apenas os concluintes de ensino regular, ou seja, escolas profissionalizantes e de adultos (EJA) foram descartadas.

O professor Ezequiel Theodoro da Silva, da Unicamp, diz que o desempenho de Campinas acontece porque não há rotatividade de professores. “É um fator que permite à escola evoluir”, afirma.

Já a Secretaria de Estado da Educação ponderou que o Enem “não serve para avaliar escolas” por ser opcional. De acordo com a pasta, o exame adequado para mostrar a evolução do ensino médio é o Saresp, feito anualmente por todos os alunos da rede.

Abaixo da média

Levantamento feito pela reportagem mostra que escolas que estão abaixo da média nacional concentram 60% dos estudantes que fizeram a prova. Numa escala de até cem pontos, a média ficou em 49,45. Ficaram abaixo do patamar 11.932 escolas (do total de 19.117).

Lívia Sampaio e Folha de S.Paulo
do Agora

Melhor escola tem diretor durão

A melhor escola estadual do Enem, a Professora Lucia de Castro Bueno, em Taboão da Serra (Grande SP), tem como segredo do sucesso a mão firme de seu diretor, Camilo Silva de Oliveira, 57 anos, há 22 anos no comando da unidade. A opinião é dos alunos, pais e professores do local, que tirou a nota 58,51 no Enem, acima da média da cidade. A escola ficou em 24º lugar no ranking dos 36 maiores municípios do Estado.

“A democracia não se aplica ao ensino. Os alunos têm que aprender a ter disciplina”, afirma Oliveira, criticando a atual política educacional. “Nossos bons resultados estão ligados ao afastamento da Secretaria de Educação”, diz Oliveira, que é contundente ao dizer que o material da secretaria não auxilia no dia a dia da escola porque os exercícios são fracos. Ele diz ainda que a sala de informática é uma perda de tempo. “Os alunos só ficam mandando e-mail. Pesquisa é na biblioteca.” Falando em biblioteca, os alunos do ensino médio têm obrigação de ler os livros indicados pelos vestibulares de universidades públicas, como o da USP. “Investimos muito em literatura.

Segundo ele, os resultados são fruto do trabalho da direção e dos professores, que estão lá há anos. Aluno que não consegue bons desempenhos repete de ano, diz o diretor, completando que os alunos têm todas as chances para ser aprovado. “Nós trabalhamos com os pais e com o aluno. Só repete quem quer”, afirma, dizendo que os sistemas de recuperação do Estado são ineficientes. “Se o ensino fosse de qualidade, não precisaria de recuperação. Por isso, não temos isso aqui”, diz.

Alunos contam que, apesar da pressão, não se sentem sufocados. “É rigoroso, mas não é uma prisão. Temos liberdade, damos opinião”, conta Nathalia Zarth, 17 anos, que vai prestar direito. A mãe dela, Ana Lúcia Zarth, diz que o pulso firme tem outro nome: limite. “Adolescentes precisam de limites, eles têm que seguir regras.”

Jessika Torrezan
do Agora

SP tem 20 escolas entre as cem melhores do país

Entre as cem melhores escolas do país no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), do Ministério da Educação, 20 estão no estado de São Paulo. E apenas três delas são públicas — todas as públicas, porém, são escolas técnicas. O Colégio (particular) Engenheiro Juarez Wanderley, de São José dos Campos, foi o melhor colocado do estado: é o 8 colocado.E o Colégio Vértice, da capital, está na 10ª posição.

O primeiro lugar do país ficou com o Colégio de São Bento, do Rio de Janeiro. O Colégio Engenheiro Juarez Wanderley, de São José dos Campos, o melhor do estado, é uma instituição particular gratuita, que só recebe alunos vindos da rede pública. No ano passado, formou 200 alunos no ensino médio e, desses, 80% conseguiram uma vaga em universidades públicas do país.

Entre as escolas públicas do estado de São Paulo, o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo foi o colégio que obteve o melhor desempenho — ficou com o 37º lugar no ranking do país e é a sétima entre as públicas do Brasil.

Diário de São Paulo

quarta-feira, 29 de abril de 2009

SUMIÇO DA BANDEIRA PAULISTA

EDITORIAL

AMIGOS QUE LEEM ESTE NOTICIOSO O 9 DE JULHO.

HÁ ALGUM TEMPO O SANTANDER,EMPRESA ESPANHOLA QUE É A ATUAL DONA DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO,CONHECIDO COMO BANESPA,RETIROU A BANDEIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO DO ALTO DO EDIFÍCIO ALTINO ARANTES,NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO.

POIS BEM,O FATO É QUE DESDE DE O COMEÇO DO MÊS DE MARÇO DESTE ANO A BANDEIRA SAIU E FOI SUBSTITUIDA PELA BANDEIRA BRASILEIRANÃO RETORNANDO ATÉ O PRESENTE MOMENTO.

A ALEGAÇÃO DO BANCO É QUE FOI ENCOMENDADA UMA NOVA,MAS A EMPRESA CONTRATADA ATRASOU A SUA CONFECÇÃO.

ATRAVÉS DAS COMUNIDADES SEPARATISTAS PAULISTAS DO ORKUT DEMONSTRAMOS EU E OUTROS PAULISTAS NOSSA INDIGNAÇÃO FRENTE À ESTE FATO TÃO LAMENTÁVEL,QUE ULTRAJA TODO O POVO BANDEIRANTE.

PARTINDO DISSO FIZEMOS DIVERSAS RECLAMAÇÕES PARA A MÍDIA.JORNAIS ESTADO DE SÃO,FOLHA DE SÃO PAULO,JORNAL DA TARDE,RÁDIOS BANDEIRANTES,JOVEM PAN E ELDORADO.

NA SEGUNDA-FEIRA A RÁDIO BANDEIRANTES NA SEÇÃO “BOCA NO TROMBONE”,COM O ÓTIMO JORNALISTA JOSÉ PAULO DE ANDRADE,FORAM DIVULGADAS AS RECLAMAÇÕES FEITAS PELOS “ORKUTEIROS” PAULISTAS SURTIRAM APARENTEMENTE EFEITO E NO MESMO DIA O SANTANDER ENTROU EM CONTATO COM OS RECLAMANTES.

A ACESSORIA DO BANCO SANTANDER,INFORMOU QUE A PARTIR DO DIA 30 PRÓXIMO IRÁ COLOCAR UMA BANDEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO NO LUGAR DA ATUAL BRASILEIRA QUE LÁ SE ENCONTRA.

AINDA NÃO É O IDEAL.MESMO NÃO PERTENCENDO MAIS AO ESTADO DE SÃO PAULO (DE FORMA LEGÍTIMA) ,NÃO SIGNIFICA QUE ELES TENHAM O DIREITO DE ULTRAJAR O POVO PARA O QUAL ELES PRESTAM SERVIÇO,AFINAL NÃO SE PODE INVERTER OS PAPÉIS.O BANCO SERVE E NÓS SOMOS SERVIDOS,NÃO O CONTRÁRIO.

MESMO COM A BANDEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO,NÃO ME SINTO PLENAMENTE SATISFEITO.É UM MAL MENOR.

REPRESENTAR UMA PARCELA MENOR DOS PAULISTAS É MELHOR DO QUE REPRESENTAR NENHUMA PARCELA,COMO ESTÁ,COM A BANDEIRA BRASILEIRA.

Expresso Tiradentes em SP terá trecho de metrô leve

SÃO PAULO - O corredor de ônibus Expresso Tiradentes, na capital paulista, terá um trecho de 22,3 quilômetros de metrô leve, anunciaram hoje o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB). O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é um trem com vagões menores que tem pneus mas anda sobre trilhos e substituirá o corredor de ônibus projetado para ir de Vila Prudente até Cidade Tiradentes, na zona leste. Com a alteração, o custo do projeto passa de R$ 600 milhões para R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 1 bilhão da Prefeitura e R$ 1,3 bilhão do governo do Estado.

O repasse da Prefeitura corresponde ao R$ 1 bilhão prometido por Kassab para o Metrô durante sua campanha de reeleição ano passado. No primeiro mandado, Kassab já havia destinado outro R$ 1 bilhão à companhia estadual. Os R$ 600 milhões da Prefeitura que iriam para a construção do corredor irão para outras obras viárias na cidade, informou o secretário municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes.

Segundo o governador José Serra, a expectativa é concluir o trecho de Vila Prudente até São Mateus até 2010 e, de São Mateus a Cidade Tiradentes, até 2012. Kassab disse que o convênio entre a administração municipal e estadual será assinado no início de maio, “com uma grande festa” em Cidade Tiradentes. “Vamos mostrar para a zona leste que eles continuam sendo nossa prioridade”, disse o prefeito.

O sistema terá 59 trens, 22 estações e capacidade para transportar 450 mil passageiros por dia. A estimativa da Prefeitura é de que o tempo de viagem entre Vila Prudente e Cidade Tiradentes caia de 1 hora e 50 minutos para 40 minutos.
CAROLINA FREITAS - Agencia Estado

Especialistas aprovam ‘novo’ Expresso Tiradentes de SP

Mas temem pela rentabilidade; no País, VLTs e VLPs não saíram do papel

SÃO PAULO - A opção do sistema de transporte coletivo de trocar ônibus por um modelo mais moderno pode ser importante para a zona leste, embora todos os especialistas ressaltem que é preciso fazer uma análise mais profunda para verificar se o sistema é rentável. “Por princípio, é um meio mais eficiente e atrativo, o que pode fazer muitas pessoas deixarem o carro”, diz o diretor executivo da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Marcos Pimentel Bicalho.Bicalho acrescenta que é positivo investir em um sistema que ofereça mais capacidade e conforto, além de ser sustentável. “Acredito que os governos tenham feito um estudo para verificar se a demanda conseguirá manter um sistema como esse, porque não se pode somente investir em um melhor (modelo) e ele acabar dando prejuízo.”

Bicalho também ressalta que é um modelo relativamente novo no Brasil. “Nós temos vários projetos envolvendo VLT e VLP, mas nenhum deles ainda saiu do papel. Ele deu certo em alguns lugares no exterior, mas ainda esperamos para ver se será bem-sucedido e aceito aqui”, observa.

Para o professor da Poli-USP Jaime Waisman, a principal vantagem do novo projeto é apresentar soluções para uma região com várias deficiências. “A zona leste tem grande densidade populacional, mas quase ninguém trabalha lá. Por isso temos um sistema de transporte carregado e congestionamentos nas vias.”

Waisman também afirma que o projeto pode trazer melhorias para as linhas já existentes. “A Linha 2-Verde do Metrô possibilita ir para a região da Paulista sem passar pelo centrão. E essa integração pode, então, desviar uma parcela da população para o metrô e desafogar o restante do atual Expresso Tiradentes”, diz.

Prefeitura
No ano passado, a Prefeitura de São Paulo informou que repassou ao Estado R$ 1 bilhão para ampliação do sistema de metrô na capital. Mas R$ 530 milhões foram em forma de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) para as Operações Urbanas Faria Lima e Água Espraiada. O restante foi em dinheiro.

Renato Machado - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tigres Tâmeis declaram cessar-fogo unilateral no Sri Lanka

Conflito no Sri Lanka

Os rebeldes estão cercados por tropas do Exército em uma área de 12 km2

Os rebeldes do grupo separatista Tigres Tâmeis anunciaram neste domingo um cessar-fogo unilateral com efeito imediato no Sri Lanka.

O secretário da Defesa cingalês, Gotabaya Rajapakse, rejeitou a trégua. Ele disse à BBC que o cessar-fogo era uma “piada” e que os rebeldes deveriam se render e libertar todos os civis presos na zona de conflito, no noroeste do país.

Um porta-voz dos Tigres Tâmeis disse à BBC que a decisão foi tomada devido ao que chamou de uma “crise humanitária sem precedentes” na região.

Os rebeldes afirmaram ainda que o anúncio é uma resposta aos pedidos de trégua da ONU, da União Européia, dos governos da Índia e de outros países.

A comunidade internacional vem pressionando o Exército e os separatistas por um cessar-fogo. O subsecretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, se reuniu com autoridades cingalesas para pedir permissão de acesso de agentes humanitários na zona de conflito.

O governo também criou acampamentos temporários para refugiados.

Os rebeldes estão cercados por tropas em uma área de 12 quilômetros quadrados. Segundo a ONU, cerca de 160 mil civis conseguiram fugir da região, mas cerca de 50 mil permanecem presos entre o conflito.

O correspondente da BBC na capital cingalesa, Colombo, Charles Haviland, disse que a declaração de cessar-fogo unilateral demonstra que os rebeldes estão se sentindo cada vez mais pressionados.

O governo, em contrapartida, sente que está avançando na campanha contra os Tigres Tâmeis, afirmou o correspondente.

Toque de recolher diminui em 80% infrações em Fernandópolis

Jovens não podem ficar na rua depois das 23h
Quatro anos após ser adotado pela primeira vez numa cidade do Estado de São Paulo, o toque de recolher para menores de 18 anos é apontado pelas autoridades como responsável pela redução de 80% nos atos infracionais e de 82% nas reclamações ao Conselho Tutelar de Fernandópolis, a 554 km de São Paulo. A medida, que proíbe a permanência de menores nas ruas após as 23 horas, foi imposta em maio de 2005 pelo juiz da Infância e da Juventude Evandro Pelarin. As cidades de Ilha Solteira e Itapura também mantêm o toque de recolher. Na primeira, a medida completa hoje uma semana e as blitze feitas nas madrugadas de sábado e domingo apreenderam quatro meninas. Segundo o Juizado de Menores, o índice de atos infracionais vem caindo ano a ano em Fernandópolis. Em 2005, houve 378 ocorrências, ante 329 em 2006; 290 em 2007; e apenas 74 no ano passado. Nos vários tipos de atos infracionais, a maior queda foi na incidência de furtos no período (91%). Em 2005, foram 123 ocorrências, ante 82 em 2006, 59 em 2007 e apenas 11 em 2008. A redução também acompanha outras ocorrências, como porte de entorpecentes, de 17 casos para 8, e lesão corporal, de 68 em 2005 para apenas 19 em 2008. Em 2005, 15 menores foram flagrados portando arma; em 2008, não houve nenhum registro. “Antes da medida, recebíamos uma média de 500 reclamações/mês; hoje, essa média é de 90/mês”, afirma o presidente do Conselho de Fernandópolis, Alan José Mateus. Segundo ele, a gravidade das reclamações também diminuiu. “As reclamações eram sobre uso de drogas, consumo de álcool e furtos; hoje predominam os conflitos em casa e na escola, evasão escolar e brigas.” Para Pelarin, a redução das reclamações se deve ao toque de recolher. “A diminuição da delinquência juvenil é uma realidade em Fernandópolis, mas somente foi possível porque a sociedade apoiou a medida, introduzindo projetos de reinserção social e de redução de danos”, diz Pelarin. O município tem, por exemplo, um convênio inédito no País, que emprega 100 adolescentes com carteira assinada nas empresas locais. BLITZE No sábado, em Ilha Solteira, uma menina de 16 anos foi recolhida quando consumia álcool em uma lanchonete. “Ela foi levada para casa e entregue aos pais”, disse a conselheira Gláucia de Almeida. Segundo Gláucia, a garota era uma das seis que já haviam sido recolhidas na noite de quarta-feira. Na madrugada de domingo, outras três garotas foram recolhidas por volta da 1h30. “Agora os pais devem ser chamados para conversar com o Juizado.” Em Fernandópolis, apesar da redução da delinquência apontada pelo Juizado Menores, as blitze continuam. Na madrugada de sábado, três menores - duas meninas de 15 anos e um menino de 17 - foram recolhidos. As operações têm auxílio das Polícias Militar e Civil e supervisão da Ordem dos Advogados do Brasil e Conselho Tutelar. Um comboio percorre as principais avenidas de movimento noturno da cidade, na região central, onde centenas de jovens se aglomeram nos bares e lanchonetes ou ouvem som nos carros. Dezenas fogem quando as viaturas chegam. Os que ficam são abordados pela polícia e pelos conselheiros. “Se a gente fica, é levado para o conselho”, disse um deles, que se escondeu quando a blitz chegou e voltou depois que as viaturas saíram. “Acho que eles deveriam esticar esse horário nos fins de semana e oferecer mais opções de lazer para os menores. A gente só quer se divertir.” Mãe de uma das garotas, N.L.S, estudante de Enfermagem, foi buscá-la na sede do Conselho Tutelar e criticou a ostensividade da blitz. Ela disse que a filha, aluna da 2ª série do ensino médio, tinha autorização para frequentar a lanchonete com o namorado. “Fica a três quadras da minha casa e minha filha é uma boa menina, excelente aluna, mas eu não imaginava que o namorado dela portasse arma (como ocorreu) ou usasse droga. Agora ela terá de arranjar outro namorado”, disse a mãe, que foi multada - a filha foi recolhida pela segunda vez em uma blitz de fiscalização.
ESTADÃO
Reportagem de : Chico Siqueira, FERNANDÓPOLIS

OPINIÃO
Este blog apóia esta medida e ainda a acha muito branda.

CPTM vai terceirizar a Linha 8 do metrô em SP

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vai conceder a uma empresa (ou grupo empresarial) a responsabilidade de assumir por 30 anos a renovação e reforma da frota de trens e a execução de serviços de manutenção nas composições de uma de suas linhas, por meio de Parceria Público-Privada (PPP). A concorrência - internacional - será, na prática, uma espécie de ?terceirização?. Dependendo dos resultados, o projeto pode ser estendido para outras linhas.

O projeto contempla a Linha 8 - Diamante (Julio Prestes - Itapevi), de 35 km, a mais rentável do sistema de trilhos, que tem movimento diário de cerca de 392 mil passageiros e é responsável por 22% da receita de arrecadação com as passagens. Apesar do alto movimento, a linha atualmente opera com trens antigos, herdados da extinta Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.), uma das empresas que deram origem à CPTM. As composições, de origem franco-brasileira, rodam desde 1978.

A CPTM, por enquanto, não dá mais detalhes sobre o projeto, alegando segredo de edital, mas diz que o processo, aberto em outubro passado, faz parte do plano de expansão e modernização do sistema de transporte de passageiros da Grande São Paulo. O tema vem sendo propagandeado pelo governo do Estado na TV como uma das principais realizações da gestão de José Serra (PSDB). As estações da Linha 8 também devem passar por reforma e há uma reivindicação no município de Barueri (Grande São Paulo) de que a linha chegue até Alphaville. As informações são do Jornal da Tarde.

OPINIÃO

Só privatizar não basta.Primeiro deve-se acompanhar as empresas responsáveis após a privatização(se bem que eu acho que isso é pedir muito).Segundo,só se deve privatizar se for muito,mais muito mais rentável para o povo.

MP investiga Kassab por não pagar precatório e usar verba em outras áreas

Calotes e uso ilegal fazem débito dobrar em 5 anos; como Pitta e Marta, ele pode ser processado por improbidade

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), é alvo de uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) por inadimplência no pagamento de precatórios alimentares (dívidas da administração com pensões, salários, aposentadorias, entre outras). Os inquéritos civis abertos pela Promotoria da Cidadania da capital apuram descumprimento das ordens judiciais de pagamento entre 2006 e 2008. Os recorrentes calotes e remanejamentos ilegais do Executivo fizeram o débito do Município com os precatórios em geral dobrar em cinco anos - de R$ 5,3 bilhões, em 2004, para os atuais R$ 11,3 bilhões. Como os ex-prefeitos Celso Pitta (PTN) e Marta Suplicy (PT), Kassab corre agora o risco de ser processado por improbidade administrativa.

A Câmara Municipal também está na mira do MPE. O promotor César Ricardo Martins, responsável por dois dos inquéritos, já reuniu provas de que dois vereadores - o líder do governo, José Police Neto (PSDB), e o ex-parlamentar Attila Russomanno (PP) - apontaram a verba destinada ao pagamento de precatórios como fonte de custeio para emendas (projetos prometidos em redutos eleitorais) em 2008. “Os recursos foram desvirtuados.”

Ao MPE, Police Neto admitiu a prática, alegando que o “desempenho do Executivo costuma ser baixo” nessa área. Para evitar que o Executivo faça o remanejamento como bem entender, argumentou o vereador, parlamentares passaram a atrelar projetos aos recursos reservados aos precatórios. Só em 2008, a Comissão de Finanças da Câmara aprovou corte de R$ 1,2 bilhão na verba de R$ 2,1 bilhões prevista para esse pagamento. Em um ano eleitoral, o dinheiro serviu para suplementar a dotação de mais de 300 projetos e programas sociais do governo.

O vereador Milton Leite (DEM), relator do orçamento à época, endossou as declarações de Police Neto. “Estou na Câmara há 12 anos e nunca o governo passou da margem dos R$ 400 milhões anuais em (pagamento) precatórios”, alegou. “Se em 2007 o governo gastou pouco mais de R$ 400 milhões, porque eu deixaria mais de R$ 2 bilhões em precatórios? O governo não pode perder o poder de investimentos em áreas como Saúde e Educação.”

13º SALÁRIO

O uso da verba de precatórios alimentares para outras finalidades é ilegal, pois fere o artigo 100 da Constituição. Todos os anos, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) encaminha ao Executivo uma lista com os nomes dos beneficiários das ações transitadas em julgado (sem possibilidade de recursos) e o montante a ser pago. A lei manda que os débitos sejam quitados até o fim do ano seguinte, mas não é o que tem ocorrido. Em 2006, o valor total indicado pelo TJ-SP foi de R$ 240 milhões. Entretanto, apenas R$ 122 milhões foram pagos. Quase todo o restante, cerca de R$ 115 milhões, acabou sendo usado no pagamento do 13º salário de servidores.

Em 2007 e 2008, Kassab voltou a contingenciar parcela significativa de dinheiro dos precatórios alimentares. Mas, em vez de remanejar os recursos, preferiu mantê-los em caixa. “Tão grave quanto empregar a verba em publicidade é usá-la para fazer superávit”, disse o promotor, referindo-se à condenação imposta em maio de 2008 à ex-prefeita Marta. “É ato de improbidade administrativa.”

No Relatório Anual de Fiscalização de 2007, emitido pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), auditores apontaram um “surto” de sequestro judiciais nas contas da Prefeitura provocado pelo calote nos precatórios alimentares. Entre 2005 e 2008, na gestão Serra/Kassab, a Justiça determinou o sequestro de R$ 678 milhões.

PAGAMENTOS

2006 *: Encaminhado pelo TJ-SP - R$ 240 milhões. Previsto no orçamento - R$ 240 milhões. Pago - R$ 122 milhões

2007: Encaminhado pelo TJ-SP - R$ 407 milhões. Previsto no orçamento - 294 milhões. Pago - R$ 124 milhões

2008: Encaminhado pelo TJ-SP - R$ 931 milhões. Previsto no orçamento - R$ 381 milhões. Pago - R$ 160 milhões

*Não inclui sequestro judicial

ESTADÃO

Nosso ar está uma vergonha

Avaliamos o ar de setenta pontos da capital. Conclusão: nossos pulmões estão em apuros. Em 56 locais, os índices de poluição ficaram acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A situação é pior em casas noturnas, bares e grandes avenidas

Para a Veja São Paulo.

Henrique Manreza/Folha Imagem

Morador do Campo Belo, José da Silva obedece à mesma rotina toda sexta-feira. Levanta cedo e vai de carro até o Parque do Ibirapuera, onde corre e se exercita por uma hora. Volta para casa, arruma-se e enfrenta o trânsito pesado rumo a um shopping da Zona Norte para trabalhar. De lá, segue para uma happy hour com os amigos num bar dos Jardins. Costuma terminar a noite numa balada alternativa da Barra Funda. Ao fim do dia, terá inalado uma quantidade cerca de vinte vezes o limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (veja quadro na pág. 37) do poluente mais agressivo ao organismo: as partículas finas, aquela fuligem que tinge de preto a lataria dos automóveis, as cortinas e os móveis das casas. Silva é um personagem fictício, mas as más condições de ar nos bairros citados acima são reais e atingem a todos os paulistanos diariamente. Foi o que a reportagem de Veja São Paulo constatou ao medir esse tipo de poluente em setenta lugares entre os dias 1º e 17 deste mês.

CONTINUE A LER ESTA REPORTAGEM NO SITE DA VEJA SÃO PAULO.

http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/edicoes/2110/nosso-ar-esta-vergonha-451656.html

RAFAEL CORREA É REELEITO COM 50,21% DOS VOTOS, SEGUNDO APURAÇÃO

QUITO, 27 ABR (ANSA) - O presidente equatoriano, Rafael Correa, venceu ontem no primeiro turno das eleições gerais do país com 50,21% dos votos, após a divulgação dos dados oficiais, se tornando o primeiro chefe de Governo reeleito em três décadas.
Após a apuração de 16,16% das urnas, seus principais adversários, o ex-presidente Lucio Gutiérrez e o empresário Álvaro Noboa, obtiveram 30,41% e 11,34% dos votos.
Embora os números indiquem a vitória de Correa com uma ampla margem de vantagem, o presidente ainda precisa esperar o fim da contagem dos votos para saber se conseguiu maioria na Assembleia Nacional, cujos membros também foram eleitos no pleito de ontem.
Com o resultado, o presidente equatoriano, de 46 anos, se tornou o primeiro a ser reeleito no país nos últimos 30 anos.
Em suas primeiras declarações, após o encerramento das votações e a divulgação dos primeiros dados extraoficiais, o mandatário afirmou que o país deu um passo “histórico” em direção à consolidação de seu processo político.
Ele também recordou que de 1996 a 2006 nenhum governo democrático conseguiu concluir seu mandato. “Hoje se vence em um turno, este é um fato inédito, compatriotas, fizemos história”, declarou.
Gutiérrez, ex-presidente que governou o país de 2003 a 2005, quando foi derrubado, criticou a campanha eleitoral, o abuso do uso de recursos públicos e ainda não havia reconhecido a derrota.
“Foi a mais injusta de todas a campanhas, mas vamos continuar a lutar”, disse o ex-mandatário em coletiva de imprensa. Gutiérrez anunciou também que seu partido irá fiscalizar o Poder Legislativo, onde será a segunda força política.
Segundo pesquisa de boca-de-urna do Instituto Cedatos/Gallup, o governo havia conseguido 54 cadeiras na Assembleia Nacional. Já a consultora SP dava a vitória de 61 legisladores governistas e de 23 do partido de Gutiérrez. Para governar com maioria absoluta são necessárias 64 cadeiras.
Também foram eleitos no pleito de ontem, os governadores, os prefeitos e os vereadores do país.
Em Quito, venceu o governista Augusto Barrera com 51% dos votos. Já em Guayaquil, reduto da oposição, continuará no poder o oposicionista Jaime Nebot, com 68% de apoio, conforme pesquisa de boca-de-urna. (ANSA)
OPINIÃO
Um presidente opressor contra parte de seu povo,especialmente o povo de Guaiaquil que pretende se separar e formar um país independente.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Humor separatista

Mapa da provinci aPaulista


Mappa de la provincia de San Paolo
mapa italiano.










direito de imagem expirado (mais de 70 anos)

As mais puras verdades

A guerra anunciada pela chamada Aliança Liberal não é contra o sr. Júlio Prestes, É contra nosso Estado de São Paulo, e isso não é de hoje. A imperecível inveja contra o nosso deslubrante progresso que deveria ser motivo de orgulho para todo o Brasil. Em vez de nos agradecerem e apertarem em fraternos amplexos, nos cobrem de injúrias e nos ameaçam com ponta de lanças e patas de cavalo!
Cândido Nogueira da Mota



A reação contra a candidatura do Dr. Júlio Prestes representa não um gesto contra o presidente do estado, mas uma reação contra São Paulo, que se levantará porque isto significa um gesto de legítima defesa de seus próprios interesses"!
Irineu Machado





O Supremo e o MST

O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) está cada dia mais incontrolável. Na atual versão do “abril vermelho”, chegou até a utilizar jornalistas como escudos humanos em suas ações no Estado do Pará. É a ousadia, cada dia maior, que se cristaliza diante de governos que, se não estiverem comprometidos com a ilegalidade reinante, parecem pouco interessados em fazer cumprir a lei e, principalmente, garantir o direito à propriedade. Sem qualquer dúvida, o governo e a sociedade têm a obrigação de providenciar terra àqueles que dela necessitam para trabalhar. Mas não pode ser no formato violento em que os opressores políticos do MST determinam. Tudo deveria ser feito primeiramente em paz e seguindo princípios legais, não na base da pressão, do desrespeito, da intimidação e do esbulho. Até porque toda vez que a autoridade, inexplicavelmente, não pune quem transgrediu a lei, está descumprindo sua missão para com os prejudicados ou ofendidos. Ninguém deve ter preconceito em relação aos movimentos sociais, desde que se comportem dentro dos ditames da lei. Mas não é isso que têm ocorrido com o MST e seus congêneres que, muito mais do que terra para seus filiados, almejam resultados políticos em suas ações. Isso é intolerável mas, lamentavelmente, as autoridades têm sido frouxas ao tratar do assunto. O resultado é o crescimento permanente da transgressão e até o fortalecimento do crime. Se fosse efetivamente preocupado com a questão da terra, o governo apressaria sua estrutura de assentamento e não deixaria margem para a instalação dos vergonhosos acampamentos junto às rodovias que, mais do que terra, trabalham na linha do constrangimento da autoridade pois, muitos do que ali estão, não têm o mínimo interesse em reforma agrária, agindo só na contestação política. É certo que governos democráticos têm de ser tolerantes. Mas, como detentores do poder, não podem deixar de cumprir a legislação e de exigir que os cidadãos também o façam. Não podemos nos esquecer que todos os movimentos que se transformaram em grandes problemas pelo mundo afora surgiram de contestação social e cresceram dentro da incompetência e da vista grossa dos governos. No Brasil já temos o Comando Vermelho e o PCC, nascidos dentro das prisões, que hoje dominam criminosamente vastas áreas urbanas. Embora de origem diferente, o MST também caminha para o perigoso descontrole. Seus “rachas” internos poderão levar o movimento a ações cada dia mais radicais e mergulhar o pais novamente num regime de contestação e até de luta armada. Será deplorável se isso vier a acontecer. Para evitar, as autoridades têm de assumir suas responsabilidade e, além de reforma agrária, punir exemplarmente todas as transgressões à lei. Bem faz o Supremo Tribunal Federal que, diante da falência dos poderes Executivo e Legislativo, está prestes a endurecer a legislação e as benesses do governo para os casos de invasão de terras. Alguém, afinal,
precisa fazer o papel do Estado…
Editorial publicado esta semana no Jornal de Limeira

Esclarecimeto

Este blog passou uns dias inativo,mas não foi desativado.Se você não sabia,pois fique sabendo agora que este informativo tem um irmaõ que mora lá no Wordpress.
Portanto se este irmão não estiver actualizado o outro irmão estará.

www.9dejulho.wordpress.com

www.o9dejulho.blogspot.com

quarta-feira, 15 de abril de 2009

TARIFA DE ÔNIBUS AUMENTARÁ EM JANEIRO DE 2010

Valor é estimado em R$ 2,60 e R$ 2,65

O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, afirmou no início desta semana que a tarifa dos ônibus urbanos da capital aumentará a partir de 1º de janeiro de 2010, após trBlog aniversario sp2 073-1ês anos sem reajustes. Moraes não confirmou o percentual do reajuste, mas, segundo informação do site da Câmara Municipal, o valor é estimado em R$ 2,60 e R$ 2,65.

Outra notícia não muito boa trazida pelo secretário de Transportes é a de que só 101 ônibus novos entrarão em circulação em 2009, e outros 200 veículos no ano que vem. Comparado à renovação da frota durante a gestã o da prefeita Marta Suplicy (PT), o ritmo caiu drasticamente – era de 1.500 veículos por ano, contra apenas uma centena, atualmente.

Sem qualquer partidarismo, é gritante a queda na qualidade do transporte público durante a gestão de Gilberto Kassab (DEM). Isso é visível não só na frota, mas na ausência de investimentos em corredores de ônibus. É visível para toda a população que vivem sem carro nesta cidade.

SP em Movimento
Frota de ônibus atual: cerca de 14.750 veículos
Passageiros transportados por mês: 210 milhões (fev/2009)
Passageiros transportados por dia: 9,3 milhões (fev/2009)
Fonte: São Paulo em Movimento

Texto/fotos: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto

são paulo urgente

Denúncia de ataque a brasileiros acende debate sobre xenofobia na Espanha

a brasileira Mônica Patusca

A empresária brasileira pediu ajuda do consulado em susposto caso de xenofobia.

Uma denúncia de agressão a duas crianças brasileiras em uma escola de Madri reacendeu na Espanha a polêmica sobre xenofobia nas instituições de ensino do país. A empresária paulista Mônica Patusca afirmou que seus filhos, Carlos Henrique, de 12 anos, e Ana Karina, de 9, foram alvo de agressões físicas e xingamentos racistas por parte de outros alunos do colégio pelo fato de serem estrangeiros.

O caso ganhou destaque na imprensa espanhola e levou o governo da Espanha a reconhecer que estudantes imigrantes são alvo de xenofobia nas escolas do país.

Mônica, que mora com os filhos na Espanha há quatro meses, disse à BBC que Carlos Henrique "chegou em casa com as pernas roxas várias vezes", afirmando ter sido agredido por um grupo de garotos da própria turma, da 7ª série do colégio Enrique Tierno Galván, em Madri.

Segundo ela, o filho está fazendo tratamento psicológico para suportar "uma perseguição xenófoba que acontece desde o primeiro dia de aula, com xingamentos e violência física".

Mônica contou ainda que chegou a prestar queixa na polícia com um boletim médico, mostrando que a filha sofreu agressão física durante o recreio. Ela também pediu ajuda ao consulado brasileiro em Madri, que mandou uma carta à escola relatando a reclamação da mãe dos alunos.

Segundo a empresária, que mora em Madri com os filhos desde dezembro de 2008, o colégio não tomou providências. Procurada pela BBC , a escola Enrique Tierno Galván não respondeu às acusações. A diretora Elena Maria Perex disse que a instituição "não faz declarações à imprensa".

Pesquisa

A denúncia de Mônica trouxe de volta ao país a preocupação com casos de xenofobia nas escolas espanholas. Um relatório de especialistas em educação e sociologia confirmou recentemente a situação vulnerável dos estudantes imigrantes. Segundo o informe do Observatório Estatal de Convivência Escolar - feito pelo Ministério de Educação no segundo semestre de 2008 - há grandes índices de rejeição dos estudantes espanhóis em relação a alunos estrangeiros.

Baseado numa pesquisa feita com 23.100 estudantes e seis mil professores do Ensino Fundamental de 300 colégios, a conclusão é de que os alunos espanhóis são pouco tolerantes para com os imigrantes. Quase a metade dos consultados, 46%, diz que prefere não fazer trabalhos escolares com companheiros latino-americanos.

Dois terços dos alunos afirmaram ainda que optariam por não estudar ao lado de ciganos, judeus ou marroquinos. Dos coletivos de imigrantes, os únicos bem-vistos são americanos e europeus ocidentais.

Segundo o ministério, o estudo tem como objetivo revelar as barreiras existentes a um convívio pacífico entre estudantes imigrantes e espanhóis, e criar "novas bases para resolver o problema".

Mas os autores do relatório admitem que a política de integração está falhando.

"Os coletivos imigrantes estão sob um grande risco de sofrer intolerância em seus âmbitos de atuação e, o que é mais grave, não houve melhora alguma dos últimos anos para cá em nenhum dos métodos de integração e informação", disse à BBC a diretora do informe, Maria Diaz-Aguado, catedrática de Psicologia da Educação da Universidade Complutense de Madri.

Falhas

A pesquisa revelou ainda que professores e alunos não estão de acordo com a orientação dada nas escolas sobre racismo e xenofobia. Apesar de 90% dos docentes terem respondido que seus colégios estão trabalhando para dar uma boa acolhida aos estudantes estrangeiros, 64% dos alunos acham que isso não é o que acontece. Sete entre dez alunos disseram que não têm boa formação ou informação sobre racismo e xenofobia, nem sabem o bastante sobre tolerância e respeito a outras culturas.

O informe também abordou a violência nas escolas, indicando que 80% dos estudantes são contra agressões racistas e xenófobas e 8% são favoráveis. Uma pequena parte dos alunos inclusive admitiu a participação em atos de violência dentro dos colégios; 3.4% disseram ter sofrido agressões físicas ou verbais e 2.4% disseram já ter agredido alguém.

Entre os agressores, 18% afirmaram que a cor da pele é um fator relevante para cometer um gesto violento e que ciganos e imigrantes são "alvos mais fáceis", principalmente os menores porque "circulam sozinhos e não se defendem".

"A escola é um microcosmos que responde à sociedade ao redor. Que haja casos de agressões físicas e verbais é gravíssimo", disse à BBC , Mariano Fernandez Enguita, catedrático em Sociologia pela Universidade de Salamanca e co-autor do informe.

Ele afirmou ainda que a Espanha "passa por um momento de ressaca da imigração alentado pelo debate político e a crise econômica" e que a solução está em criar políticas educativas que promovam a convivência.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Oposição acelera campanha para derrubar presidente da Geórgia

TBILISI (Reuters) - Líderes da oposição georgiana disseram nesta segunda-feira que realizarão protestos diários contra o presidente do país, Mikheil Saakashvili, enquanto tentam manter firme sua campanha para forçar sua renúncia.

Cerca de 20 mil pessoas protestaram nesta segunda-feira ao lado do Parlamento da ex-república soviética, no quinto dia de manifestações.

Líderes oposicionistas dizem que continuarão com os protestos até Saakashvili deixar o cargo devido a acusações de autoritarismo em seu governo e à fracassada guerra contra a Rússia no ano passado.

"Assim ele vai ouvir nossas vozes muito mais alto", afirmou Kakha Kukava, um entre os mais de dez líderes da oposição que participam da campanha.

A adesão aos protestos caiu durante o fim de semana, e houve sinais de que alguns líderes oposicionistas tendiam a negociar com o presidente para encontrar uma saída para o impasse.

Cerca de 60 mil pessoas participaram dos protestos na quinta-feira, seguidas por 20.000 na sexta, bloqueando uma avenida central de Tbilisi e as principais vias que levam ao gabinete do presidente e à emissora de televisão estatal.

Críticos acusam Saakashvili, que chegou ao cargo na Revolução Rosa de 2003, de monopolizar o poder e exercer pressão sobre o judiciário e a imprensa.

A guerra do ano passado, quando a Rússia suprimiu um ataque georgiano na Ossétia do Sul, animou a oposição, que acusa o líder de 41 anos de cometer muitos erros para poder permanecer no poder até 2013.

Mas analistas duvidam de que a oposição possa permanecer unida ou reunir forças por um grande período para forçar a renúncia do presidente. Apesar da perda de alguns importantes aliados e repetidas mudanças no seu gabinete desde a guerra, a posição de Saakashvili parece permanecer forte.

O Ocidente, que recebe petróleo do Mar Cáspio via Geórgia, observa a situação com atenção. Em novembro de 2007, a polícia atirou gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha para dispersar as últimas manifestações pacíficas contra o presidente.

Diplomatas dizem que um impasse prolongado pode causar distúrbios.

O enviado especial da União Europeia para o sul do Cáucaso, Peter Semneby, tem tentado intermediar o diálogo, mas líderes da oposição mandaram sinais distintos em relação à sua propensão para negociar.

"Pessoas como Semneby têm falado com eles", disse à Reuters uma autoridade do governo. "Existem ações, mas elas ainda não deram em nada."

Obama suspenderá restrições a viagens e dinheiro a Cuba

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, vai anunciar nesta segunda-feira a suspensão de algumas restrições impostas pelos Estados Unidos para permitir que cidadãos cubano-americanos possam viajar e enviar dinheiro com maior facilidade para a ilha, informou uma autoridade do governo dos EUA.

A medida representaria o cumprimento de uma das promessas de campanha de Obama e pode abrir caminho para uma melhoria nas relações entre os dois países.

Atualmente, cubanos que vivem nos EUA podem visitar a ilha apenas uma vez por ano e podem enviar apenas 1.200 dólares por pessoa em dinheiro para familiares em Cuba.

O gesto de Obama pode ser o início de uma nova atitude em relação a Cuba e outros países latino-americanos que têm pressionado Washington para encerrar o embargo comercial que tem isolado Havana por mais de quatro décadas.

A mudança ocorre nas vésperas da participação de Obama na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago esta semana.

Obama pode enfrentar resistência no Congresso, especialmente de republicanos.

Na semana passada, os deputados Frank Wolf e Chris Smith exigiram que Obama insista na libertação de todos os presos políticos antes de suspender as restrições comerciais e de viagens.

Durante a campanha presidencial do ano passado, Obama apoiou a suspensão de algumas limitações impostas pelos EUA a viagens e remessas de dinheiro, mas disse que não eliminaria o embargo comercial até que Cuba mostre progresso em direção à democracia e aos direitos humanos.

(Por Matt Spetalnick)


OPINIÃO
Cuba precisa de ajuda,e quando digo Cuba quero dizer os cubanos,pois todo o tipo de ajuda humanitária para aquele povo é de bom grado,ajuda que deverá vir com um plano implícito à favor do povo contra aquelegoverninho ditatorial e eterno.Ditadura só em casos extremos e por tempo limitado.Será que em 50 anos os cubanos não conseguem ser pessoas normais e não aprenderam a viver como ocidentais normais e capitalistas.