Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - As negociações organizadas a 10 e 11 de Agosto corrente na cidade austríaca de Duernstein, sob a égide da ONU, entre Marrocos e a Frente Polisario sobre questões controversas do Sara Ocidental culminaram num compromisso das duas partes de continuar as negociações "tão logo quanto possível".
Num comunicado publicado em Nova Iorque, o emissário do Secretário- Geral das Nações Undias, Christopher Rosse, declarou que "as discussões decorreram num ambiente onde o sério, a sinceridade e o respeito mútuo prevaleceram".
Ross indicou que vai, depois dos êxitos registados durante recentes negociações, fixar a data e o lugar do próximo encontro, de mútuo acordo com todas as partes.
Uma série de negociações foi organizada entre as duas partes em Nova Iorque em 2007 e em 2008, sob a égide da ONU, mas nada de concreto resultou.
A guerra eclodiu entre Marrocos e a Frente Polisario depois da retirada da administração colonial espanhola do Sara Ocidental em 1976.
A Missão das Nações Unidas para a Organização dum Referendo no Sara Ocidental (MINURSO), tem por missão velar pelo respeito pelo cessar- fogo concluído em Setembro de 1991 e organizar um referendo para a autodeterminação do Sara Ocidental.
Marrocos apresentou um plano para a autonomia, enquanto a Frente Polisario defende que o estatuto final do território deve ser resolvido por um referendo de autodeterminação que não exclua a opção da independência.
Cartum- Um político do principal partido do Sul do Sudão ameaçou a declaração unilateral da independência se não lhe for permitido realizar um referendo justo sobre a questão, noticiou hoje (quarta-feira) a BBC.(Panapress)
SUL DO SUDÃO QUER SE SEPARAR.
Como parte do acordo de paz, o Sul vai referendar a sua independência em 2011, mas o processo de paz nos últimos tempos tem estado muito tremido.
O Secretário Geral do SPLA ou Movimento para a Libertação do Povo do Sudão, Pagan Amum, acusa o Partido do Congresso Nacional, o partido do governo, de estar a tentar obstruir o referendo.
Falando à BBC, Pagan Amum afirmou que o referendo já estava atrasado um ano e que o povo do sul do Sudão tinha de estar atento.
Qualquer tentativa para negar ao povo do Sul do Sudão o seu direito à auto-determinação irá forçá-lo a declarar unilateralmente a independência.
Ainda segundo Amum, o Partido do Congresso Nacional insiste que 75% dos eleitores do Sul terão de votar a favor da independência para que esta seja implementada.
Mas o SPLA insiste que o referendo deverá ser como qualquer outra consulta popular em que bastam 50% dos votos mais 1 para se ganhar.
Portanto bastará uma maioria simples para ditar o resultado do referendo.
Calcula-se que o Sul votará a favor da independência, o que vai contra os interesses de Cartum.
No Sul do Sudão situam-se muitos dos campos petrolíferos do país e esse factor, para além do orgulho nacional, significam que o norte está empenhado em manter o controlo sobre aquele vasto embora subdesenvolvido território.
A guerra de 22 anos entre o norte maioritariamente muçulmano e o sul cristão e animista, terminada em 2005, provocou cerca de um milhão e meio de mortos.
Ao abrigo do acordo de paz assinado então, o antigo grupo rebelde do SPLM formou um governo de partilha do poder em Cartum com o Partido do Congresso Nacional do presidente Omar al-Bashir.
As eleições gerais no Sudão estão marcadas para 2010, um ano antes do referendo sobre a independência do Sul.>(Agência Angola Press)
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